Avril Lavign
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Original e sem pedir desculpas. Sem vergonha. O primeiro álbum de Avril Lavigne Let Go deu à jovens mulheres uma voz desafiadora e a colocou em músicas com as quais elas podiam cantar. Quatorze milhões de álbuns vendidos e oito indicações ao Grammy depois, a cantora canadense volta com Under My Skin, mas se você está esperando a mesma coisa de antes, você está enganado. Essa não é uma garota que descansa depois do triunfo.
Under My Skin começa com as dramáticas canções “Take Me Away” e “Together”, que abrem caminho para as guitarras radicais e refrão pronto para o rádio de “Don't Tell Me”, uma canção de força feminina que continua de onde “Complicated” parou. A partir daí, é uma sequência de licks de guitarras de três acordes (“He Wasn't”), e otimismo (“Who Knows”), junto com melodias aconchegantes (“Freak Out”) e faixas com um clima de tristeza (“Forgotten”, “Nobody's Home”) que revelam um lado mais sombrio de Avril Lavigne.
“Eu cresci tanto nos últimos dois anos,” admite a nativa de Napanee, Ontario. “Eu passei por muita coisa, aprendi muito, e tive experiências boas e ruins. Essas canções são sobre tudo isso, e cada uma é muito pessoal.” Trabalhando com os produtores, Butch Walker (dos Marvelous 3), Raine Maida (da banda Our Lady Peace), Don Gilmore (Linkin Park, Pearl Jam), Avril co-escreveu as doze introspectivas canções de Under My Skin quase em segredo. “Tinha acabado de chegar da turnê mundial e voltei pra Toronto e já comecei a escrever”, ela diz. “Não tinha idéia do que iria fazer. Ninguém tinha. As pessoas pensaram que eu não teria mais sobre o que escrever, mas foi o contrário.”
Depois de um almoço com a cantora-compositora Canadense Chantal Kreviazuk ter se transformado em amizade, Avril e Chantal sentaram para escrever. A química era indescritível. “Nós nos reunimos uma noite e de repente, tinhamos uma canção,” ela diz. “Ninguém sabia o que eu estava fazendo, nem meu empresário, nem minha gravadora.” A dupla se reuniu novamente na noite seguinte e escreveu outra canção. “Fizemos isso durante duas semanas e escrevemos 12 canções.” No verão, Avril se mudou para a casa de Chantal e seu marido Raine Maida em Malibu para começar a gravar. “Eu tinha acabado a turnê há duas semanas, e estava pronta pra gravar,” Avril lembra.
O ar Californiano proporcionou um escape que Avril estava precisando. “Foi uma ótima época pra mim, viver la, longe dos holofotes, e ter minha independência. E minha amizade com a Chantal se tornou uma das melhores que já tive.” Chantal e Avril passavam noites inteiras no estudio aparfeiçoando as canções. Durante o dia, Avril conheceu a cidade indo de carro do estúdio para casa, ou onde mais precisasse ir. Sem fotos, sem entrevistas, sem pressão. Eventualmente elas gravaram a maioria das canções no estúdio de Raine, e essas canções aparecem sem alterações em Under My Skin. O resto das faixas, co-compostas com o guitarrista Evan Taubenfeld (uma das canções com o ex-guitarrista do Evanescence, Bem Moody), foram terminadas na estrada. “Eu estava envolvida em todos os aspectos desse disco. Participei bastante,” ela diz. “Eu sabia como queria a bateria, os tons das guitarras, e a estrutura. Eu entendi o processo muito melhor dessa vez porque estava sempre lá. Sou muito exigente com a minha música.”
Escolher as favoritas das 12 “filhas” é outra questão. “Todas significam tanto pra mim, mas eu amo “Together”, que é sobre estar em uma relação e saber que não vai dar certo. É uma canção que basicamente diz “não está funcionando, querido”. Outras canções falam sobre relações disfuncionais e tem refrões tão cativantes como o de “Complicated” e narrativas da vida real (como “Sk8er Boi”), mas o que verdadeiramente enfatiza o crescimento de Avril são as canções mais posivitas, como “Who Knows” e “Take Me Away”. “Acho que é como estou me sentindo agora,” admite. Canções profundas, com piano como “Together” e “Forgotten” refletem o crescimento, maturidade e mudanças de Avril desde o lançamento de Let Go. “Estou feliz com o que estou fazendo e tenho fé que tudo vai dar certo.” Ela também achou o lado feminino para balancear com o lado “moleque” que a imprensa tanto comenta. “Eu sou tão menina. Sou romântica, e surpreendentemente antiquada,” Avril ri. “Por isso eu escrevi uma canção sobre não se entregar pra qualquer garoto [“Don't Tell Me”].” Deixando de lado as coisas de menina, Avril está ansiosa para levar seu show para a estrada. “É bom cantar novas canções,” ela diz. “Me sinto renovada e estou esperando ansiosamente pelas próximas coisas.”
Otimista ou melancolica, a viagem de dois anos de Avril pela via expressa dos astros do rock moldou sua visão do mundo e a ensinou muito sobre equilibrio. “As canções em Under My Skin são definitivamente mais profundas que as de Let Go,” ela diz. “Mas eu ainda amo uma boa canção pop. Sou basicamente uma garota que gosta de escrever e agitar e que quer que a música seja parte da minha vida pra sempre.”
Ela também é uma garota com uma voz clara e habilidade para incorporar a angustia e entusiasmo da juventude em suas canções.
CD - Try To Shut Me Up
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